Estou tentando fazer aquela dieta que há 6 meses andava me prometendo. Toda segunda-feira eu começava, mas sempre terminava o mês com 1 quilo a mais.
Mágica??! Que nada, meu problema era só com relação aos doces, pães, bolos e salgados!! Sem falar naquelas delícias de refrigerantes....Argh, por que será que amava tanto aquele açúcar venenoso que stava acabando com a minha saúde e engrossando a minha silhueta? Eu disse engrossando? Brincadeira, eu só quis ser modesta...
A verdade é que estava me sentindo uma mamãe canguru rsrs. Agora sei bem como esses bichinhos sentem-se.Pior, não havia bebê em parte alguma, apenas uma maldita pochete.
Ora essa! Um dia acordei e disse: "sai desse corpo que isso não me pertence!!!"
Bom, ainda não perdi todos os quilos que quero, porém, o importante é que estou tentando e não estou deprimida. Ainda não tive nenhuma crise de choro, não briguei, não matei, estou indo bem rs.
Estava tomando café quando minha meia fatia de pão com manteiga caiu no chão e adivinhem? O lado da manteiga caiu virado para baixo! A famosa "Lei de Murphy", ou seria a "Lei da Gravidade"?
Lei disso, lei daquilo, são tantas regras...affff, trabalhando com isso, eu quem diga! A gente vive no País das leis e, como se não bastassem, ainda vem aquelas trazidas de fora pra nos fazer enlouquecer.
O fato é que muitas dessas leis são mesmo difíceis de compreender...
Prefiro aquelas que me fazem sentido, como por exemplo, quando aperto o interruptor e a luz acende, a lei de "causa e efeito" que é o mesmo quando se diz: "tudo que se faz, volta".
Com essa história de dieta, estou tentando entender a relação entre o corpo e a mente. Cada vez que me privo de alguma coisa que gosto e projeto o pensamento de quão mal aquilo pode me fazer, ou que não nasci comendo aquilo, sinto que meu corpo não sofre tanto pela falta.
Percebo que os meus pensamento, quando positivos, têm o poder de criar e moldar uma situação de sofrimento para uma sensação boa. Confesso que às vezes os meus desejos são mais rápidos do que o meu raciocínio lógico em querer mudar as coisas, mas sempre que digo em voz alta a razão de não querer isso ou aquilo, percebo que meus pensamentos logo se ajustam.
Sim, as palavras são mesmo poderosas!!! Elas tem me ajudado muito, principalmente quando evito de dizer algo negativo relacionado ao meu objetivo.
Até uns dias atrás, eu vivia na base do "eu deveria", "eu gostaria", "eu faria", enquanto isso eu ficava tentando imaginar porque meu organismo estava tão rígido que eu não conseguia mudar.
É provável que eu tentava controlar aquilo que eu não estava disposta a mudar: era o meu comportamento.
Ah, outra expressão que tenho me policiado pra não dizer é "tenho de"... nossa, isso é um fardo! Toda vez que digo "tenho de" fazer algo, a coisa me parece um grande sacrifício. Essas palavras me causam uma pressão psicológica que me faz travar antes mesmo de começar.
Se a vida é uma escolha, então, eu não "tenho de" nada! Decidi que eu escolho fazer, simples assim!
Quando "escolhi" fazer regime, quando "escolhi" me alimentar melhor, quando "escolhi" escolher o coloco pra dentro, o compromisso de perder peso passou a ter um gosto muito melhor.
Se dentro de mim sou apenas eu que penso, então, eu escolho o que vai e o que fica.
Eu não quero ser a "Mulher Maravilha" ou a menina "Super Poderosa", eu só quero ser eu mesma, com os princípios amorosos que meus pais me ensinaram e com tudo que me faz sentido...com tudo que me faz feliz.!
Afinal, boa ou ruim, bem ou mal, muitos poderiam dizer "e daí?", mas enquanto eu me amar é provável que o mundo também vá me amar, mesmo que seja apenas no "meu mundo". Então, isso já será o suficiente...
Boa noite...